Os ensaios desse livro transitam por três áreas: Ética, Gênero, Teopoética. Através delas, a autora vai tecendo e entretecendo a ética e sua correlata mística, a partir do gênero que é condição de humanidade, e da poética que, tal como a teologia, vive de inspiração. Nos últimos anos, a reflexão sobre a ética tem ocupado a atenção da teóloga e pensadora Maria Clara Bingemer. Suscitada inicialmente – e sobretudo – pela questão da violência, essa problemática adquiriu paulatinamente um papel central em seu pensamento. Segundo ela, foi a leitura de Simone Weil que desencadeou essa reflexão. A partir dessa leitura, recorreu a outros autores judeus, Levinas e Buber, entre outros, e cristãos, como Girard, Rahner e Moltmann. Atravessando a ética, estão a questão do gênero e a literatura. A primeira ocupa papel importante nesta obra também em decorrência de um trabalho que a autora já havia iniciado de destacar grandes figuras femininas que marcaram a história da humanidade por sua luminosidade e visão ética. Trata-se também de entrelaçar e fazer dialogar teologia e literatura. “Daí o nome, Teopoética, que além de verdadeiro é igualmente belo,” explica a autora. SOBRE A AUTORA Maria Clara Bingemer é professora do Departamento de Teologia da PUC-RJ e Decana do Centro de Teologia e Ciências Humanas da PUC-RJ. Foi durante dez anos diretora do Centro Loyola de Fé e Cultura. Define-se como uma buscadora de Deus, como alguém que não consegue viver sem escrever e que acredita que poesia e literatura têm tudo a ver com teologia.
