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Descrição

- Guia Para Uma Vida Espiritual Plena

Este livro não tem a pretensão de tentar estabelecer uma nova religião, mas sim uma tentativa de buscar nas Sagradas Escrituras e em outras fontes informações para chegar a conclusões sobre o que uma pessoa deve fazer, ou tentar fazer, com relação ao cumprimento dos 7 Mandamentos Universais do Eterno para com as suas criaturas.

Aqui tentaremos explicar a importância do cumprimento das obrigações espirituais e o seu efeito sobre a personalidade do indivíduo.
Também, veremos por que não basta apenas sentir isso de forma espiritual (ou o cumprimento apenas no coração), pois toda ação espiritual deve ser acompanhada por concretizações.
Tudo isso foi explicado na Torá e foi também entendido como algo bastante simples por muitos dos intelectuais do mundo, como Søren Kierkegaard (''Em seu livro ''A Jew, Who Is He, What Is He?'', à página 22) que disse, ''uma crença que não despertar obrigações e modificações, é uma crença falsa.
Um crente pode demonstrar a sua (aparente) crença com grande entusiasmo, mas demonstrações sem nenhum sinal de uma completa modificação em sua vida provam que a sua crença é simplesmente fruto de sua própria imaginação.
A influência e o reconhecimento de uma crença em um ser humano dependem do modo como ele vive a sua vida cotidiana, controla e suprime os seus desejos, deixando de praticar a maldade ou ações que possam levá-lo à maldade.'' Os filósofos gregos, que não acreditavam em uma religião prática, mas no reconhecimento da perfeição humana enquanto vinda do estudo da verdade, acreditavam, também, que uma pessoa deve executar e cumprir feitos que possam levá-lo a uma perfeição espiritual.
Em seu livro Kuzari, o Rabino Yehudah HaLevi assim escreveu: ''Questione a verdade nas coisas que você quer saber, para que o seu cérebro atue e não atuem sobre ele.
Fale diretamente e de forma verdadeira.
Isso o ajudará a buscar e reconhecer a verdade.
Então você exigirá menos, será mais humilde e acumulará bons traços de caráter.''
Os filósofos (que) não reconheciam a D'us, consequentemente não reconheciam a necessidade de cumprir Seus Mandamentos.
Por isso acreditavam que os seres humanos pudessem atuar de qualquer modo, conforme lhes convinha, o que lhes traria a realização de suas metas.
Apesar disso, os intelectuais a que nos referimos entenderam que não era o bastante para uma pessoa apenas adquirir educação ou conhecimento, mas também era necessário executar e atuar, o que faria com que seu pensamento interno se transformasse em realidade.
É exatamente isso que a Torá nos ensina a fazer.